Fui assistir ao novo filme da Julia Roberts, quando acabou a sessão pensei: o comer poderia ser um pouco menor, o rezar também e o amar idem. O filme ficou cansativo, mas não quero me aprofundar nesse aspecto. Quero olhar para outras questões.
A protagonista resolve, depois de uma crise existencial, viajar durante um ano.
Analise, ter que se afastar assim de sua realidade para poder resolver seus problemas? Será que é o mais adequado? Afinal carregamos sempre nossos conflitos e frustrações.
Sei que a possibilidade de viajar está bem longe da realidade de muitas pessoas, afinal tudo tem um custo e uma viagem longa assim não é barata.
A ideia de viajar me agrada no sentido de conhecer culturas, lugares, pessoas, sair da rotina, nem precisava ser um ano, com um mês já ficaria muito feliz!!! Já estava de bom tamanho para minha realidade. Para a Liz funcionou muito bem, personagem de Julia Roberts.
Cada um escolhe seu caminho e tem suas motivações, mas ir a Índia esfregar chão e acordar muito cedo não é a minha visão de descoberta interior, e encontro com Deus, mas cada tem um gosto e eu respeito.
Infelizmente, sendo realista, existem pessoas que nunca nem saíram do estado onde moram. O que dizer de conhecer outro país. Seria bom que todos tivessem essa possibilidade, mas nossa sociedade está muito longe disso.
Quanto a proposta do filme, acredito que não atingiu seu objetivo, já que as falas são muito superficiais, e os personagens não convencem... ao menos eu sai da sessão com esse sentimento. Mas não sou crítica de cinema.
Um comportamento me chamou atenção, o personagem brasileiro faz algo que nunca vi por aqui, dá beijinho na boca do filho, no filme isso é colocado como se fosse natural da nossa cultura! De onde saiu isso?? Vai entender!
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